26 de jan. de 2011

Da solidão


Há muitas pessoas que sofrem do mal da solidão. Basta que em redor delas se arme o silêncio, que não se manifeste aos seus olhos nenhuma presença humana, para que delas se apodere imensa angústia: como se dos horizontes se levantasse o anuncio do fim do mundo.
No entanto, haverá na terra verdadeira solidão? Não estamos todos cercados por inúmeros objetos, por infinitas formas da Natureza e o nosso mundo particular não esta cheio de lembranças, de sonhos, de raciocínios, de idéias, que impedem uma total solidão?
Tudo é vivo e tudo fala, em redor de nós, embora com vida e voz não humanas, mas que podemos aprender a escutar, porque muitas vezes essa linguagem secreta ajuda a esclarecer o nosso próprio mistério. (...) Cécilia Meireiles

Este texto foi extraído da prova de português do último concurso que prestei recentemente e enquanto o lia para responder as perguntas, me peguei pensando que daria um bom post. A solidão é um estado de espírito que amedronta a maioria das pessoas e ninguém quer viver sozinho, sem amigos e sem família. Bem, existem até alguns que querem, mas é uma minoria, das bem pequenas.
A maioria das pessoas sentem falta de calor humano, de ouvir uma voz amiga,  uma risada gostosa, assistir um filme acompanhado, enfim, de socializar de uma forma geral. Estar em contato com outro ser humano é gostoso e provoca a sensação de ser querido e de não estar só no mundo.
Mas como o texto nos faz refletir, existem pessoas que exageram. Precisam estar em constante ligação com alguém, ou se sentem num deserto afetivo. As vezes me pego pensando como será minha vida, pois muitos dizem que será muito solitária, já que não pretendo ter filhos.
Do alto dos meus 34 anos, eu penso que não, pelo menos visto sob a ótica de que quem tem filho não se sente sozinho. Eu gosto de pessoas, aliás gosto muito e adoro conversar e socializar, mas também aprecio meus momentos de solidão. Gosto de assistir filmes sozinhas  e se faltar companhia, não me importo de ir à praia ou ao cinema desacompanhada.
Aos poucos fui aprendendo a valorizar meu interior, a gostar da minha própria companhia e como o texto sugere, estou tentando aprender a escutar, não apenas as pessoas, mas também tudo o que me cerca.
Pretendo a cada dia aprender a me gostar, a me satisfazer e depender apenas de mim para ser feliz. O outro será apenas um complemento. Com isso, não pretendo dizer que quero terminar meus dias sozinha, prezo muito a idéia de envelhecer junto ao meu companheiro, mas sim que a ausência de um amor, seja de um homem ou de um filho não podem significar uma sentença de morte.
E você, tem medo da solidão?

23 de jan. de 2011

Eu, ele e a outra ex

Se conviver com uma ex-mulher pode ser complicado, imagine com duas? Eu vivo essa realidade e mesmo querendo escrever sobre outros assuntos, o que eu gosto mesmo é escrever sobre relacionamentos, comportamento e também cotidiano. Não tenho talento para a poesia e sou muito basiquinha para dar dicas de moda rsrsrs, então vamos a mais um post sobre minha família estendida e como lido com ela.
Eu sempre tive uma vida sentimental meio morna, namoros comportados e sem grandes abalos emocionais. Até que me envolvi com meu marido e em pouco tempo tive mais adrenalina do que imaginei ser possível. Qualquer dia tomo coragem e escrevo sobre nossa história de amor, mas enquanto esse dia não chega, vamos a adiante.
Meu marido parece ter uma vida meio atribulada, mas juro que ele é comportado, só teve alguns acidentes de percurso e por irresponsabilidade, gerou uma filha numa transa casual (antes de me conhecer) e eu que sempre evitei complicações, me vi envolvida com uma espécie de seu Flor e suas duas ex-mulheres.

E como desgraça pouca é bobagem, a mãe da primeira filha dele mora na nossa rua, quase em frente a nossa casa. No início eu achava meio estranho, mas não é que com o tempo fomos nos aproximando? Ela me trata carinhosamente, me respeita, sabe o seu lugar e não se aproveita que tem uma filha para exigir mais direitos do que lhe cabem. E como cada uma respeita seu papel, conseguimos viver em perfeita harmonia.
E assim eu vou vivendo e aprendendo. A vida não é um mar de rosas, mas não precisamos fazer dela uma coroa de espinhos. Cada relacionamento tem seu obstáculo específico, mas se a relação vale a pena, precisamos aprender a superar as barreiras. Com calma e com sabedoria.

Obrigado a todos pela participação carinhosa. Continuem vindo sempre aqui, gosto muito de compartilhar certas coisas com vocês.

19 de jan. de 2011

Eu, ele e a ex

Como alguns de vocês já sabem, eu não sou a primeira companheira do meu marido e embora nunca tenha sentido ciúmes da ex-esposa, também não morro de amores por ela. O motivo é bem simples: mesmo depois de 5 anos de separação, a ficha dela parece que ainda não caiu e ela sempre arruma algum motivo para se fazer presente.
Ao longo desses anos, foram várias intromissões e a última aconteceu quando viajamos para Nova Friburgo, dias antes da tragédia da enchente.
Como meu marido esta de férias, se comprometeu em ir visitar a tia da ex e mesmo estando um pouco insegura, fui junto para conhecer a cidade. Estava indo tudo muito bem, quando a ex ligou para o celular da tia dizendo que estava chegando.
Que situação. Eu, meu marido e a ex-esposa alojados na mesma casa, como se fossemos uma grande família. Partilhando da mesma mesa e trocando amenidades. 
Ficar tão perto daquela mulher foi totalmente indigesto e eu mal conseguia falar tamanho o desconforto. Para nos livrarmos daquela cenário de horror, meu marido e eu fomos passear na cidade e embora querendo muito ir embora naquele instante, fiquei em consideração a dona da casa, que me recebeu maravilhosamente bem.
Eu tenho esse defeito ou essa qualidade: independente da situação, consigo pensar nos outros e bater em retirada, magoaria a senhora que fomos visitar. E ela estava tão empolgada em rever meu marido após 5 anos, que fiz este sacrifício. 
Se até aquele momento eu nunca havia tido motivos para suportar a ex-mulher do meu marido, a gota d'água foi aquele grande encontro. Sem mais nem menos a mulher começou a insinuar que eu havia feito uma estranha trança no cabelo da minha enteada e aí o clima azedou de vez. A senhora que fomos visitar me confidenciou que a louca achava que eu havia feito macumba para a menina e também que ela ainda morria de amores pelo ex-marido.
Eu não me surpeendi com as revelações e foi até bom por que meu marido se irritou tanto com o comportamento da ex, que finalmente viemos embora.
Depois de caso passado, comecei estranhamente a nutrir certa pena da mulher. Ela é uma pessoa amarga e rancorosa, que não consegue nem ter amigos. Por muito tempo critiquei a postura do meu marido em relação a ela, mas agora entendo.Pena.
Ela é uma coitada, doente da alma e que esta contaminando o corpo.Dificilmente vai conseguir refazer a vida, porque prefere transferir seus problemas para os outros. Todos são culpados por seus problemas, menos ela própria. Apesar de ser uma mulher muito inteligente, lhe falta a sabedoria para ser humilde, para reconhecer seus erros e querer começar de novo.
E para a infelicidade dela, toda esta situação aproximou ainda mais meu marido de mim e se ela quis nos abalar, fracassou totalmente.

16 de jan. de 2011

O bom filho a casa retorna

Oi meus queridos, estou de volta! Dez dias sem postar e visitar os blogs e estou me sentindo sem jeito, como se estivesse postando pela primeira vez rsrsrs. Nestes dias de ausência aproveitei para intensificar os estudos e hoje finalmente realizei a prova. Ainda não sei se fui bem, mas pelo menos o dinheiro investido nas aulas de matemática não foram em vão. Consegui fazer grande parte da prova e estou até me sentindo inteligente!
Mas como passar em concurso equivale a ganhar um bilhete premiado...
Aos pouquinhos vou atualizando o blog e as visitas, enquanto curto meu maridinho que esta de férias e passará o mês inteirinho em casa. Em 4 anos de relacionamento, esta é a primeira vez que ele dorme todas as noites em casa e esta sendo uma delícia!!!

6 de jan. de 2011

Plantão de notícias

Nos últimos dias estarei um tantinho ocupada e por isso ficarei sem postar e sem visitar os blogs amigos.
Meu marido esta de férias, a filha dele tem ficado conosco e a casa esta cheia de crianças, amiguinhas delas, que passam o dia tomando banho na piscina de "prástico". No meio dessa confusão, estou tendo aulas particulares de matemática - detesto- (semana que vem vou prestar consurso) e no final de semana irei passear em friburgo. Se Deus quiser e ele quer!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Se eu sobreviver ao terremoto que se transformou minha casa, em breve volto com mais notícias.

Beijo a todos.

4 de jan. de 2011

1º lição de 2011: aproveitar melhor a vida


Era uma vez, uma formiguinha e uma cigarra muito amigas.
Durante todo o outono, a formiguinha trabalhou sem parar, armazenando  comida para o período de inverno.
Não aproveitou nada do sol, da brisa suave do fim da tarde e nem o  bate-papo
com os amigos ao final do trabalho tomando uma cervejinha  gelada.
Seu nome era 'Trabalho', e seu sobrenome era 'Sempre'. 


 Enquanto isso, a cigarra só queria saber de cantar nas rodas de amigos e
nos bares da cidade; não desperdiçou nem um minuto sequer.
Cantou durante todo o outono, dançou, aproveitou o sol, curtiu prá valer sem se preocupar com o inverno
que estava por vir.
Então, passados alguns dias, começou a esfriar.
Era o inverno que estava começando.

A formiguinha, exausta de tanto trabalhar, entrou para a sua singela e aconchegante toca, repleta de comida.
Mas alguém chamava por seu nome, do lado de fora da toca.
Quando abriu a porta para ver quem era, ficou surpresa com o que viu.
Sua amiga cigarra estava dentro de uma Ferrari amarela com um aconchegante casaco de vison.

E a cigarra disse para a formiguinha:
- Olá, amiga, vou passar o inverno em Paris.
- Será que você poderia cuidar da minha toca?
- E a formiguinha respondeu:
- Claro, sem problemas!
- Mas o que lhe aconteceu?
- Como você conseguiu dinheiro para ir à Paris e comprar esta Ferrari?

E a cigarra respondeu:
Imagine você que eu estava cantando em um bar na semana passada e um produtor gostou da minha voz.
Fechei um contrato de seis meses para fazer show em Paris...
À propósito, a amiga deseja alguma coisa de lá?

Desejo sim, respondeu a formiguinha.
Se você encontrar o La Fontaine (Autor da Fábula Original) por lá, manda
ele ir para a  'Puta Que O Pariu!!!' 
 Moral da História:
Aproveite sua vida, saiba dosar trabalho e lazer, 
pois trabalho em demasia só traz benefício em
 fábulas do La Fontaine e ao seu patrão.
Trabalhe, mas curta a sua vida. 
Ela é única!!!
Se você não encontrar a sua metade da laranja,  não desanime, procure sua metade do limão, 
adicione açúcar, pinga e gelo, e...      
 
Seja feliz ! 
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1 de jan. de 2011

2010 - o ano da minha virada

Hoje se inicia um novo ano e embora eu não seja de fazer considerações sobre o que passou, não passo deixar de compartilhar com vocês a minha grande vitória em 2010. Neste ano que acaba de terminar, consegui o que muitas pessoas desejam e que muitas vezes nunca conseguem alcançar: amar e ser amada.

No dia 7 de fevereiro de 2011 meu marido e eu completaremos 5 anos de relacionamento ( 1 ano de namoro e 4 anos de casamento), mas posso dizer sem medo de errar, que apenas em 2010 nos tornamos um verdadeiro casal.
Um casal que se respeita, que se entende, que tem compreensão com o outro e que sabe superar os obstáculos. Antes eramos duas pessoas que viviam juntas, que achavam que se gostavam, mas que não tinham paciência, não tinham compreensão e que não conseguiam superar obstáculos.
Passavamos mais tempo brigando do que se amando e o fim da relação parecia cada vez mais próximo. Meu marido como a maioria dos homens não é de falar muito sobre os seus sentimentos, mas me lembro bem como ele me olhava, como ele se distanciava de mim a cada dia e como a nossa vida parecia triste e nublada.
Eu vivia insegura, certa que a qualquer momento seria convidade a me retirar - isto chegou a acontecer algumas vezes - e as lagrimas eram minhas companheiras silenciosas e constante.
A combinação de homem amargurado+mulher infantil estava destruindo nossa relação. Ele conseguia ser paciente com todos, menos comigo e eu conseguia ser madura com todos, menos com ele.
Como eu já escrevi outras vezes, não foi fácil para mim aprender a lidar com um marido ausente, que esta sempre trabalhando e tem pouco tempo para se dedicar a relação, que tem uma ex-mulher que quer ser mais presente do que eu e de quebra ainda tem filhos...
Mas eu nunca deixei de acreditar que nosso amor era possível e hoje ele é concreto, é palpável e mágico. Posso sentí-lo no toque, nas risadas, nas conversas e até no silêncio. E principalmente nos olhos, que hoje me fitam com admiração e orgulho.
Em 2011 vou continuar tentando ser uma pessoa melhor, mais digna e mais sábia. Continuar virando,  me transformando, evoluindo e acima de tudo sendo feliz.