26 de abr. de 2011

Abençoada ignorância

Minha mãe é uma pessoa pouco interessada em noticiários e graças a essa ignorância deve ser umas das únicas pessoas no planeta Terra a não ter ouvido falar do casamento mais esperado dos últimos tempos. Nessas horas até a invejo, pois acho um tédio sentar para assitir um tele-jornal e ser bombardeada com imagens do príncipe e sua futura esposa.


Os dois até que fazem um casal bonitinho, mas sinceramente as bodas reais não me despertam o menor interesse. Saber aonde vão morar, quem será convidado para a cerimônia, como será o vestido da noiva, qual o famoso que ficará de fora de evento...Que saco! Tudo bem noticiar, mas precisa mesmo só falar sobre isso? Ainda bem que não tenho facebook nem twitter! Nesses dias acho que vou evitar até comprar jornal.
O casamento deles para mim não passa de um fato corriqueiro, afinal quase todas as pessoas vão se casar um dia. Principalmente sendo da realiza, aí vira obrigação! E como eu não faço parte da família, não sou amiga dos noivos e não tenho nenhum interesse financeiro, nem político no enlace, não consigo me interessar pela avanlache de informações despejadas sobre nós, pobres mortais, a cerca dos pombinhos.
Não nego que  leio uma notícia aqui outra ali sobre as celebridades, mas não não desperdiço tempo nem dinheiro com isso. Se a Revista Caras, Contigo e demais do gênero dependessem do meu dinheiro para enriquecer, jamais conseguiriam. Sorte dessas revistas é que ao contrário de mim, tem uma bando de pessoas que adoram bisbilhiotar a vida dos famosos.
Prefiro empregar meu tempo e principalmente meu dinheiro, em algo que me trará algum benefício!!!

24 de abr. de 2011

Um olhar do paraíso

Graças a meu querido cunhado, tive um ótimo final de semana, não deu para estender por todo o feriadão, mas é melhor pouco do que nada. Viagens e passeios infelizmente fazem parte da excessão e não da regra na minha rotina. Por isso comemoro bastante qualquer oportunidade de ver e sentir outros ares e curtir a companhia do meu querido maridão. 
Nós somos como os personagens do filme Feitiço de Àquila, quando um esta dormindo o outro esta acordado e vice-versa. Apesar dos desencontros a relação vai bem, obrigado e passar dois dias juntinhos foi tudo de bom. Me senti num paraíso: sol, mar, areias brancas, cumplicidade, planos, romance...AMO MUITO TUDO ISSO!

Arraial do Cabo
Cabo Frio
Arraial do Cabo
Arraial do Cabo
Cabo Frio



Obrigada cunhado, por mais uma vez ter me proporcionado um olhar do paraíso. Você não imagina o quão fico feliz com essas brechinhas.
As fotos são do meu celular made in china que custou 100 contos. O paraíso é bem mais bonito visto de perto.

18 de abr. de 2011

Confusão mental

Estou naqueles dias!!! Pensando em muitas coisas para escrever, mas tudo parece sem sentido. Normalmente quando faço um post, quase sempre é um insight. A idéia aparece e toma forma na minha mente, depois é só passar para a tela. Ou então quando alguma situação cotidiana  me chama a atenção. 
Já tem um certo tempo que venho pensando nos meus sonhos. E isto tem deixado minha mente muito confusa.

É tão maravilhoso quando se consegue realizar um sonho ou um desejo. Você passa anos sonhando com algo e enfim consegue realizar, no meu caso foi ter meu próprio negócio, A Casa de Lanches Pra vê Pra comê.
Mas  quando o sonho se transforma em realidade, deixa de ser fantasia e toma uma forma é hora de aprender a lidar com o concreto. Enquanto sonho tudo é maravilhoso. Enquanto realidade preciso administrar as pedras no caminho.
Gerenciar um negócio por menor que ele seja, como é o meu caso, é desgante, toma muuuito tempo e a proporção horas trabalhadas X lucro obtido muitas vezes é desigual. Tem dias que bate uma certa angústia, um certo desânimo e vontade de voltar a sonhar. 
Como alguns já sabem, a Casa de Lanches fica na minha própria casa e a convivência mais estreita que acabei desenvolvendo com os vizinhos é a grande responsável pelo meu estado confuso. Eu ganhei uma certa visibilidade e por conta do ambiente aconchegante muitas pessoas que eram apenas vizinhas se tornaram "amigas".
E confundem um pouco as coisas, umas não frequentam o meu estabelecimento temendo que eu fique rica as custas delas, outras ganharam "intimidade" e se acham no direito de pendurar a conta, pedir dinheiro emprestado, prancha de cabelo, bolsa, celular...Juro, tem semanas, como na última que passou, que 4 vizinhos me pediram dinheiro emprestado.
Ufa! Estou cansada. Por que algumas pessoas são tão pidonas? Por que são tão invejosas? Penso seriamente em me transferir para outro ponto, em que as pessoas sejam apenas clientes e não "amigas". Que saibam o mínimo possível da minha vida, que não passem o dia chorando as mazelas.
Como eu disse, preciso aprender a lidar com a parte prática do sonho, antes que ele se torne um pesadelo.
 Minha mãe me aconselha a tomar muito banho de sal grosso, para espantar o mal olhado rsrsrsrs!

 Uhu uhu!!!No feriado pretendo viajar para Cabo Frio e espero recarregar as energias e voltar novinha em folha. A muito tempo que não faço um passeio e espero que São Pedro colabore com a diversão. 

12 de abr. de 2011

Juventude

Dias desses estava ouvindo uma conversa entre duas jovens, uma delas mal tinha completado 18 anos e já estava no “segundo” casamento. Ela narrava como estava se sentindo mal, depois de ter ido a uma boate na segunda-feira, para provocar o marido e ter bebido todas, a ponto de não se lembrar de como havia chegado em casa.

Durante a conversa, contou suas peripécias amorosas, namoro com traficantes e chefes de boca de fumo e que todas as suas saídas eram regadas a muito uíque e vodca. Eu ouvia aquilo tudo e pensava: acho que nunca fui jovem, já nasci velha.
Com todos os problemas que meu pai deu a minha mãe, como contei  no  post anterior, desde muito cedo eu decidi que seria uma filha exemplar. Minha mãe deu muito duro, mas duro mesmo, para criar meu irmão e eu. Meu pai era trabalhador, mas viveu vários períodos de desemprego. Então sobrava para minha mãe, que era manicure desde os 12 anos de idade, ajudar no sustento da família, principalmente nas "futilidades".
Era graças a ela que eu tinha sempre uma roupinha nova,  dinheiro para comprar merenda na escola e pegar o ônibus sem precisar fazer o trajeto a pé, comer biscoito e tomar iogurte, comprar figurinhas para meu álbum de artistas e encher minha pasta de papel de carta.
Eu nunca precisei sair da escola para trabalhar ou estudar a noite e trabalhar de dia. Com seu dinheiro pingado, minha mãe me garantiu uma boa qualidade de vida e em troca, eu fazia todo o serviço da casa.
Era ótima aluna e não lhe trazia qualquer aborrecimento. Eu tinha toda a liberdade de sair para as noitadas e dormir fora, mas nunca abusei. Nunca fumei, nem bebi e usar drogas nem pensar. Também nunca lhe trouxe problemas por conta de namorados.
Eu tenho duas conhecidas de 20 anos, uma tem 3 filhos e a outra um. E vivem dizendo que se pudessem voltar a atrás fariam diferente, se tivessem a cabeça que tem hoje, se fossem mais jovem agora...
Mas elas só tem 20 anos!!! Agora que deveriam estar começando a vida e já acham que viveram tanto e pior erradamente. Se arrependem de tudo que fizeram ou deixaram de fazer, dos filhos não planejados, dos estudos inacabados.  Em agosto eu farei 35 anos e me sinto muito bem. Não me sinto cansada, nem com o peso do mundo nas costas, ou achando que tudo que fiz foi errado.
Na verdade me sinto bem jovenzinha, cheia de frescor e vontade de viver.Eu optei por não fazer algumas coisas e elas jamais me fizeram falta. Eu não quis ser adolescente rebelde e hoje acredito que colho os frutos por isso. 
 Foi bom para os meus pais, que nunca ficaram de cabelos em pé comigo e melhor ainda para mim. Aproveitei tudo de bom que a fase jovem tem a oferecer, a vida despreocupada e cheia de sonhos. Os amores platônicos. As baladas regadas a  refrigerante. Os romances de Júlia, Sabrina e Bianca. As primeiras descobertas. As primeiras decepções.
Sim, eu fui jovem.

7 de abr. de 2011

Meu pai

Meu faleceu no 2004 e sempre sonho com ele. Não posso afirmar com toda sinceridade que para mim ele foi meu herói e todas vezes que falo dele, só inumero seus defeitos. Herói para mim é minha mãe, que suportou maus tratos e infidelidade e mesmo assim ficou com ele até o fim.
Ela sempre me contou que casou com meu pai por pena e que ele era um pobre coitado sem família. Para minha mãe, era seu destino dar uma vida digna ao meu pai. Ela o considerava seu carma. A cruz que lhe foi  destinada carregar. E ela o fez  por quase trinta anos, aceitando coisas que para mim seriam inimagináveis. Uma das histórias que mais me marcaram foi quando eu nasci. 
Em primeiro lugar eu não fui desejada, meu irmão ainda era recém-nascido quando fui concebida, nasceu doente e meu pai era alcoólatra e desempregado. Por tudo isso, eu só vim ao mundo por pura teimosia, mas sem ressentimentos. 
Com poucos dias de nascida, meu pai quebrou o braço da minha mãe e lhe disse que se não estivesse quebrado, no dia seguinte quebraria o outro.
Meu pai foi um péssimo marido. Era boêmio, saia todos os finais de semana para dançar e deixava minha mãe em casa com os filhos. Era infiel. Era sovino. Era violento. 
Mas não era um mau pai. Hoje vejo isso e preciso que ele saiba. Nos meus sonhos ele nunca esta em paz. Eu já disse que não sou uma pessoa espiritualizada, mas sinto que ele quer a minha admiração.
amiga da família, eu (fazendo aniversário de 7 anos ) e meu pai

Meu pai teve uma infância dura, perdeu os pais muito cedo e viveu da caridade alheia. Era um homem embrutecido, mas a seu modo me deu o seu melhor. Eu sempre fui sua princesinha e ele sempre  me cubriu de admiração. Todas as vezes que me via arrumada, não se cabia de orgulho. Sempre confiou em mim para administrar seu dinheiro. Sempre me permitiu fazer o que eu quis, como dormir na casa de amigas e sair para baladas. Me negava dinheiro mais depois se arrependia e voltava atrás. E o mais importante me respeitava. E hoje eu o respeito também. Não virou santo por que morreu e sei de cada uma das suas falhas. Mas ele também acertou muito.
Obrigada pai, segui seu conselho e hoje sou uma pessoa muito feliz por isso:
Minha filha, quero que se casa com um homem bom e honesto.

3 de abr. de 2011

Certas coisas que eu não faço...MAS DEVERIA!

Com um certo desconforto, parei para analisar meu comportamento e me deparei com várias coisinhas que preciso corrigir. E  quanto mais pensava, mais a listinha crescia...
Eu raramente vou ao médico. Mas deveria: tenho rinite, que já esta evoluindo para sinusite e não procuro um médico. E pior, me automedico.Antes a alergia só atacava no inverno ou com mudanças de tempo, agora tenho os sintomas diariamente. Também sinto cansaço nas pernas, dores nas costas...



Eu não dirijo ou quase não dirijo. Sou habilitada há anos, mas taí uma coisa que detesto fazer. Prefiro carregar sacolas pesadas e eu carrego muitas, a pegar o carro, o que facilitaria em muito a minha vida.
Eu não uso cinto de seguranças. Mas CLARO, deveria. Só me lembro de usar quando estou em rodovias de velocidade, como se o uso do cinto não fosse obrigatório toda vez que sem ande de carro.

Eu não me alimento como deveria. Troco qualquer fruta por guloseimas e biscoitos e ultimamente sinto uma queda irresistível pelo recheado de morango da piraquê, mas já tive a fase do trakinas de chocolate. Também sou alucinada por bolos e como meu trabalho é fazê-los já viu...


Eu não gosto de me exercitar. Mas deveria, é mais do que lógico. Há mais de um ano comprei roupas para entrar na academia, que nunca saíram do armário. Nem andar a pé eu gosto. Brevemente completarei 35 anos e corpinho implora uma vida menos sedentária.

Eu não sou muito família. Tenho tias, primas e primos, mas não procuro ninguém. É como se minha família se resumisse a minha mãe, meu irmão e meu marido.

Eu não sou uma tia presente.  Raramente as vejo ( meu irmão esta em outro relacionamento) e só ligo no aniversário.
Eu não cultivo as amizades. Tenho uma amiga de muitos anos e outros mais recentes, mas a maioria se perdeu pela estrada. Depois de alguns anos deixo de entrar em contato e o relacionamento esfria, até desaparecer.
Eu não sou ecologicamente correta. Faço uso de sacolas plásticas, poderia reaproveitar  melhor a água, a coleta seletiva também esta mais para lá do que para cá...

Eu não sou religiosa.  Sou totalmente desapegada de religião ou ritos. Não faço simpatias, rezo só às vezes, não leio a bíblia. Só acredito em Deus. PONTO. Minha mãe já não sabe o que fazer comigo.

 Eu não tenho vida social. Pelo menos não muita. Trabalho de terça a domingo, de dez a doze horas por dia e dificilmente posso comparecer a algum evento. Principalmente se for se for no final de semana, dias de maior movimento no meu comércio. Ou então fico cansada demais para conseguir pensar em outra coisa que não seja dormir.
Tento ser uma pessoa melhor a cada dia, mas como podem perceber, tenho um longo caminho a percorrer...Mas estou decida a enfrentar meus medos, zelar mais pela saúde e segurança e cultivar melhor as pessoas queridas.