O tema recorrente ultimamente em vários blogs tem sido o cyberbullyng ou bullyng virtual, por conta dos crescentes episódios de pessoas que são "agredidas " com palavras ofensivas nas redes sociais. O bullyng tradicional ou virtual, esta muito centrado entre crianças e jovens e a diversas campanhas veiculadas pelos meios de comunicação com objetivo de coibir esse tipo de prática, que pode gerar vários transtornos para quem sofre o abuso.
Segundo pesquisas, o bulling caracteriza-se pelo desequilíbrio de poder. Aquele que tem mais força física ou psicolígica e um perfil mais agressivo, humilha o mais fraco e realmente tem tudo a ver com a fase mais imatura, em que muitos jovens procuram a auto-afirmação por meio da força física, intimidação ou da chacota.
Contudo, o cyberbullyng não reconhece critérios de idade e pessoas que há muito já saíram da adolescência tem se validade do anonimato, para infernizar a vida de internautas.
Passeando ontem no google, acessei um blog sobre dicas de cabelo, na qual a blogueira postou um vídeo sobre técnincas de escova definita. Haviam vários comentários elogiando, mas o que me chamou a atenção foi uma crítica, que nada tinha a ver com a técnica da cabelereira: a comentarista simplesmente atacava a blogueira por ela ter postado um video no qual aparecia com as axilas sem depilar e dizia que os pelos mais pareciam uma moita.
Confesso que não assisti o video, era um pouco longo e demoraria para carregar. Mas independente se a blogueira estava ou não com as axilas sem depilar, isso não justifica tamanha falta de educação. Os especialistas nomearam este ato repugnante de bullyng virtual, mas para mim é puro e simples desreipeito.
É intolerância ao outro. Aos defeitos do outro.As idéias do outro. As preferências do outro. A nacionalida de do outro. A raça do outro. Enfim, em tudo que é diferente no outro.
A consequência de não se respeitar o outro, é a disseminação da violência, seja verbal, escrita ou física. Ataques em forma de palavras ofensivas que tem o poder de atingir o ser humano como uma flexa envenenada. Com o agravante do poder fulminante da internet, que permite que milhares de pessoas assistam a sua "desgraça".
Ainda não me aconteceu de receber comentários vexatórios, mas isso pode acontecer a qualquer momento. Uma simples palavra escrita errada pode despertar a "xenofobia" de alguém, que se voltará contra a mim com palavras desagradáveis, com o intuito de me expor ao ridículo.
Por que perder tempo com tão pouco? Por que criticar o outro, quando deveríamos ser críticos de nós mesmos?
Acho que o cerne da questão é se colocar no lugar do outro. Quando tomamos esta atitude, de pensar no que o outro sentirá, no que você sentiria se fosse o outro, deixaríamos de cometer muitas injustiças.
É tão simples. É tão fácil. É só se colocar no lugar do outro.
E pensando bem, o outro somos nós mesmo. Você é o outro para alguém.