21 de jul. de 2010

Existe um modo de o fazer amor dar certo?

Será que existe um modo de fazer o amor da certo? Pois muitas vezes, só ele parece não ser suficiente para tornar uma relação duradoura. Já repararam que cada pessoa tem um jeito de amar? Que o amor pode não vir acompanhado de sentimentos elevados? Que pode nos tornar egoístas, infantis, inseguros, imaturos, irritados e até assassinos? Dizem que o amor é algo sublime, mas por que desperta tanta dor? Acho que é porque o real sentido do amor é saber purificá-lo, pois se em grande parte ele traz consigo vários metais preciosos, como tal não deixa de ter suas impurezas.
E como fazer tal limpeza ou lapidação? Numa relação conjugal não é incomum os casais se amarem, mas não conseguirem se acertar e os primeiros anos parecem ser os mais difíceis e podem comprometer todo um futuro juntos. Nós mulheres não medimos esforços para agradar com jantarzinhos, casinha arrumada e cheirosa, massagem quando eles chegam cansados, a sobremesa preferida e muitos outros mimos, mas às vezes nos decepcionamos ao não encontrar os mesmos ecos no parceiro.
Muitas vezes eu me deprimia com estas situações com o agravante de ter que administrar enteada, ex-mulher e um companheiro com pouquíssimo tempo disponível. Assim, o início da vida a dois que já é difícil se tornou tremendamente conturbado e o amor começou a parecer insuficiente diante de tantas batalhas. Eu tentava agradar, acertar, consertar, mas meu amor estava carregado de impurezas, (infantilidade, egoísmo, imaturidade), pois amor e sentimento de posse muitas vezes se misturam e erradamente não queremos dividir o outro com mais nada ou ninguém.
Este foi um dos meus maiores problemas, querer o outro sempre perto de mim, achando que o tempo que ele me destinava era sempre pouco. Queria atenção até pelo telefone e ficava chateada se ele não ligasse, se não elogiasse a comida, se deixasse de me abraçar enquanto dormia, se passasse muito tempo no computador...É claro que ele foi se cansando, brigávamos constantemente e ganhei o rótulo de chata e egoísta. As coisas só começaram a melhorar quando eu decidi mudar minhas atitudes perante o amor, me libertar daquela necessidade egoísta, dar espaço para mim e para ele.
O amor tudo sofrê, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
Coríntios 13-7
Neste processo aprendi algumas coisinhas que tento colocar em prática no dia a dia:
Dar importância as coisas realmente IMPORTANTES e não valorizar demais as bobagens;
Gostar da minha própria companhia;
Valorizar o pouco tempo que temos juntos e parar de reclamar do longo tempo que ficamos separados;
Respeitar o espaço do outro; (leia-se o detestável jogo de paciência no computador);
Não me ressentir com “todos” os fins de semana que ele dedica à filha;
Não irritar o próximo desnecessariamente;
Não ofender gratuitamente;
Não guardar ressentimentos das brigas; (homem tem pouca capacidade de argumentação e nessas horas só fala bobagens).
Não mandar, pedir (com carinho)
Criar um blog; (acalma e te coloca no eixo).
Amar é um aprendizado e quando o parceiro vale a pena não custa nada tentar aprender a lição!

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