27 de jul. de 2010

A sangue frio


Recentementeeu li uma máteria de jornal que falava sobre a mutilição vaginal que ocorre principalmente nos países da África e da Ásia e embora o tema não seja novidade, é surpreendente que algo tão primitivo continue ocorrendo em pleno século XXI.
Segundo o jornal, cerca de 140 milhõs de mulheres destes países já foram submetidas à mutilação vaginal e atualmente 6 mil meninas por dia são vítimas dessa prática. A mutilação consiste num corte que extirpa parte da vagina e o tema foi abordado no premiado filme "Flor do Deserto", em cartaz no Brasil, que conta a história da modelo Waris Dirie, de 38 anos, nascida na Somália. Em 1997 ela revelou ao mundo que sofreu mutilação vaginal aos 5 anos.
O tipo de corte depende do costume local. Algumas tribos costumam retirar o clitóris ou parte dele. Em outras regiões são retirados também os pquenos lábios da vagina. Depois do corte, há ainda os que costuram parte do órgão. Sempre a sangue frio, sem anestesia ou assepcia. " A menina é segurada à força pelas mães e os cortes são feitos com giletes, cacos de vidro ou chifres afiados de animais. Alguns ainda passam cinzas ou esterco pois acham que isso vai limpar a lâmina antes do ritual. Cerca de 10% morrem por causa de infecções e sangramentos", conta o fotógrafo Érico Hiller.
Em algumas tribos a mutilação marca uma passagem da vida da mulher. Há os que acreditam que a mulher cortada respeitará o casamento. Outros ainda dizem que ficará limpa e algumas mulheres acreditam que se não foram cortadas, não poderão ter filhos. As meninas com idades entre 10 e 13 anos acabam cedendo à vontade familiar pois se não o fazem são expulsas da família e ficam fadadas a não arrumarem marido.

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